terça-feira, 14 de abril de 2015

Gnose Luciferina

Um pouco sobre a gnose Luciferina.

POR ASENATH MASON ©®

Este mito pode ser a fonte mais antiga da lenda sobre este anjo brilhante. Mas não podemos esquecer

sobre o outro conto Grego que é associado com esta figura em interpretações modernas. Essa, é claro, a famosa

história de Prometheus. Deixe‐nos relembrar brevemente esta lenda mítica: Prometheus foi um dos titãs e o

criador da humanidade a qual ele formou da argila misturada com lágrimas, e cujas almas foram a centelha do

fogo divino que o Titã roubou dos da carruagem do Sol. Então, vendo que o homem é fraco, ele roubou o fogo

dos deuses novamente e o trouxe para a terra. Ele ensinou aos humanos como usar fogo para criar artes e ofícios.

Desta maneira ele despertou o espírito humano e deu à humanidade o potencial para governar o mundo. Por seu

amor aos humanos ele foi severamente punido pelos deuses: eles prenderam‐no a uma rocha e a cada dia seu

fígado era comido por uma águia (ou um abutre) e crescia novamente para que a dor pudesse durar

eternamente. Esta lenda foi identificada com Lúcifer por causa de seu papel como o iniciador dos humanos:

aquele que dota o homem com alma, o fogo divino, e mostra‐lhes como serem iguais aos deuses. A interpretação

esotérica do mito explica o dom do fogo enquanto despertar da centelha interior no homem, a fonte do poder

espiritual que corresponde ao conceito Tântrico da serpente Kundalini. O fogo “Prometheano” (de Prometheus) é

a centelha de divindade que quando despertada, pode tornar‐se a tocha de um potencial espiritual infinito. Assim

como Prometheus ensina a humanidade como se tornarem iguais aos deuses, Lúcifer mostra ao homem o

caminho da independência e o caminho para a sua própria divindade.  

Outra figura mítica, frequentemente identificada tanto com Prometheus quanto com Lúcifer, é o

Escandinavo Loki. Como os dois “personagens” acima mencionados, ele representa forças que ameaçam a ordem

divina e cósmica. Ele é o portador da luz/fogo e ao mesmo tempo ele é o destruidor com um imenso potencial

destrutivo. Seu nome refere‐se a “logi” (“chama”, “fogo”) ou aos verbos “lúka”, ou “lukijan”, significando “travar”,

que aponta ao seu papel no fim do mundo existente (Ragnarök), o fogo final no qual o mundo e os deuses

queimarão. Ele é o pai dos monstros mitológicos: o lobo Fenrir que devorará Odin na hora do Ragnarok, a deusa

cadáver Hel, e a serpente cósmica Jormungandr. Ele é o trapaceiro que constantemente desafia os deuses e suas

ordens e leis ficadas. Ele também é o pai das disputas e das mentiras. Mas ele também é o iniciador da

humanidade a quem ele traz o dom do fogo divino –assim como Prometheus. Finalmente, ele também sofre uma

similar espécie de tormento: ele é punido sendo preso às rochas, e acima de sua cabeça há uma cobra venenosa

cujo veneno goteja sobre a face de Loki. Quando o deus se arrepia com sofrimento, suas convulsões causam

terremotos e outros desastres.  

Um personagem similar é também encontrado no conhecimento espanhol/Mexicano onde ele carrega o

nome Luzbel. Luzbel é mencionado em textos espanhóis do século XVI escritos no México ou em grimórios como

El Libro de San Cipriano (El Tesoro del Hechicero) e EI Libro Infernal. Ele parece ser uma forma obscura de Lúcifer,

um desafiador à ordem divina e o Portador da Luz como um fogo da divindade individual.

   

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